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Em Porto Alegre
Fundado em 1965, o Colégio Santa Teresa de Jesus nasceu após uma intensa mobilização da comunidade do Bairro Cavalhada e do empenho das irmãs da Companhia Santa Teresa de Jesus. Inicialmente chamado de Ginásio XV de Outubro, o colégio começou suas atividades no Colégio Calábria, graças ao apoio dos padres da congregação São João Calábria, enquanto suas instalações eram finalizadas. Em maio de 1965, o Conselho Estadual de Educação aprovou o funcionamento do Ginásio XV de Outubro em sua sede própria.
Formação Integral e Filosofia Educacional
Desde o início, as Irmãs Teresianas priorizaram a formação integral dos estudantes, inspiradas nos ensinamentos de Santo Enrique de Ossó, fundador da Congregação Teresiana, que seguiu os passos de Santa Teresa de Ávila. O Colégio se destaca por promover práticas e vivências educativas fundamentadas em um compromisso libertador, a serviço da vida e da esperança, mantendo vivo um legado de amor e dedicação à educação.
Transformação e Expansão
Em 1972, a instituição adotou o nome de Colégio Santa Teresa de Jesus, implementando os cursos Normal e Secundário. Em 1975, formou-se a primeira turma de professoras. O crescimento urbano do Bairro Cavalhada e o trânsito intenso exigiram a transferência para um novo prédio em 1978, marcando o início de um período de obras e expansão. Em 1983, foi inaugurado um novo espaço, ampliando a capacidade física do Colégio. No mesmo ano, o Jardim de Infância, que funcionava desde 1981, foi oficialmente autorizado. Em 1995, iniciou-se a primeira turma do 2º Grau – Preparação para o Trabalho, atual Ensino Médio. Em 2002, foi aberta a primeira turma do Curso Normal no turno da noite, com foco na formação de professores de Educação Infantil e de 1ª a 4ª série.
Educação Contemporânea
Atualmente, o Colégio Santa Teresa de Jesus atende a estudantes da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. O projeto educacional valoriza a criatividade, a formação humana e a leitura de mundo, incentivando a formação de sujeitos críticos, solidários e com uma visão de coletividade. A Educação Teresiana promove o prazer pelo estudo e pela leitura, formando cidadãos comprometidos com a transformação social.
Infraestrutura de Excelência
O Colégio Santa Teresa de Jesus oferece uma infraestrutura privilegiada, proporcionando um ambiente propício para uma convivência saudável e enriquecedora. Dentre suas instalações, destacam-se:
· Amplo estacionamento;
· Quadras poliesportivas;
· Salas e serviços especializados;
· Pracinha e área verde;
· Moderno laboratório de informática e ciências;
· Ginásio de esportes;
· Capela.
Nossa história
Província Nossa Senhora Aparecida
Ser Teresiana é doar a vida em busca do Reino, é ensinar com amor, é ser missionária de paz e esperança, é ser outra Teresa de Jesus quanto possível, é permanecer onde perigam os interesses de Jesus, é apaixonar-se e conhecer a Jesus e torná-lo conhecido e amado, enfim é fazer tudo por Jesus!
A Espanha vivia, no século XVI, um tempo de grandes conquistas territoriais, guerras, florescimento da ciência, da literatura e das artes, mudança de mentalidade, reformas religiosas, aventuras de cavaleiros e ousadia dos santos, que tudo arriscavam por um grande amor a Deus. Nesse contexto, na cidade de Ávila, região de Castela, no dia 28 de março de 1515, nasceu Teresa de Cepeda y Ahumada.
Desde criança, a graça de Deus inundava o coração puro daquela menina e o atraía para si. Teresa brincava de construir castelos e imaginava que vivia neles com festas, tesouros escondidos, cavaleiros, príncipes e princesas. Sonhava morar naquele precioso lugar, cheio de encantos, de luzes e de belos jardins floridos que transmitiam paz e calma. Juntamente com seu irmão Rodrigo, lia sobre a vida dos santos e ficava encantada com o que eram capazes de fazer por Jesus e se perguntava quem era aquele grande rei chamado Jesus.
No início de sua adolescência, teve a experiência de sentir a pequenez humana frente à grandiosidade divina, a limitação do mundo frente à eternidade, a efêmera passagem dos viventes em relação à permanente graça que sustenta a vida. Enfrentou o sofrimento da morte de sua mãe e a separação do lar, porque fora interna no convento das Agostinianas de Nossa Senhora das Graças. Essa decisão de seu pai, parecida com as duras provas que eram necessárias à formação de qualquer cavaleiro de sua época, foi muito difícil para Teresa embora tenha contribuído para aperfeiçoar em seu coração as virtudes da fé, da simplicidade, da humildade e da fortaleza, pois, a partir disso, sua vida ganhou um novo sentido.
Escreveu, percorreu mil caminhos para fundar, ensinar e mover corações. Trilhou o caminho que a levou à mais profunda identificação com Jesus Cristo, compreendendo que oração é “tratar de amizade, estando muitas vezes a sós com Quem sabemos que nos ama”. Dessa forma, dois elementos coincidiram: a oração, que alimentava a vida, e a vida, que se convertia em oração, tornando-se, assim, para a humanidade, mestra de oração.
Teresa é mulher a caminho, considerada “andariega”, não só pela atitude de fundar e reformar os Carmelos pela Espanha, mas pelo processo que fez em sua interioridade. Esse itinerário começa na pessoa quando abre seu interior e inicia o caminho que a levará ao centro de si mesma “onde se dão os grandes segredos entre Deus e a alma”, como ela expressa em sua obra Castelo Interior.
Através de Santa Teresa, aprendemos a ser peregrinos. A imagem do caminho pode sintetizar muito bem a lição de sua vida e de sua obra. Ela entendeu a vida como o caminho de perfeição pelo qual Deus conduz a pessoa até Ele e, ao mesmo tempo, põe-na em marcha até os outros.
Um novo tempo para viver a esperava, com maior intensidade, mais luz e verdade: enfim, a eternidade.
O caminho continua aberto, os caminhantes somos nós, e ela nos encoraja com suas palavras: “É tempo de caminhar!”.
Os 55 anos da vida do sacerdote espanhol Enrique de Ossó e Cervelló em grande parte se definem pela sua paixão por Jesus e Teresa de Jesus. De fato, no ano de 1840, a cidade de Vinebre celebra o nascimento de mais uma criança em lar católico. Já o ano de 1896, o Convento Franciscano de Sancti Spiritus, assiste à morte de um grande mestre da oração teresiana, um discípulo de Jesus, um apóstolo incansável da ampliação do Reino de Deus, fundador, professor, administrador, escritor e verdadeiro místico.
Aos 14 anos de idade, Enrique perde sua mãe e, um mês depois, resolve fugir para o santuário de Nossa Senhora de Montserrat e se dedicar a uma vida de austera consagração a Deus. Após alguns dias, seu irmão Jaime o encontra e, após prometer-lhe que o ajudaria a obter a licença do pai para ser sacerdote, leva-o de volta para casa. Enrique é um apaixonado devoto de Santa Teresa de Jesus, e é através dela que muito cedo desperta-lhe o desejo de “ser sempre de Jesus”. Enrique consegue entrar para o seminário de Tortosa naquele mesmo ano.
Dos 27 anos até o fim de sua vida, Padre Enrique dedica-se a um intenso apostolado: organização da catequese na cidade, formação dos catequistas, criação da Revista Mensal Santa Teresa de Jesus, fundação da Associação Teresiana e das Filhas de Maria e Teresa de Jesus, lançamento de livros espirituais, criação de um movimento para crianças (Rebanhinho do Menino Jesus) e de outro para homens (Irmandade Josefina). Em 1876, com algumas jovens da Associação Teresiana, funda a Companhia Santa Teresa de Jesus, “regenerar a sociedade a partir da mulher e por meio da educação”.
Dentre os muitos escritos de Santo Enrique merecem especial destaque a Revista Teresiana, por meio da qual ele tornou Santa Teresa ainda mais conhecida e amada; e o livro “O quarto de hora de oração”, um manual prático de oração diária que conheceu inúmeras edições e traduções, tornando-se uma referência da literatura espiritual.
Até a data de sua morte, em 27 de janeiro de 1896, Enrique de Ossó foi um incansável discípulo de Jesus, procurando conhecê-Lo e amá-Lo cada vez mais, além de desejar, acima de tudo, “torná-Lo conhecido e amado”. Enrique de Ossó foi canonizado pelo papa João Paulo II em 16 de junho de 1993.