Os pássaros recolhem-se em seus ninhos para um tempo de repouso, mas ao despertar da aurora, cantam e sobrevoam vales, matas, riachos. Eles recolhem desse espetáculo natural a energia que lhes dá a vida.
Assim, somos nós. Vivemos um tempo de recolhimento, mas chega a hora de despertar.
E, dessa simples lição dos pássaros, aprendemos a abrir as janelas da alma para enxergar:
– o sorriso escondido por detrás das máscaras, refletido no brilho do olhar;
– o abraço impedido pelo afastamento, mas tão intenso como a batida dos corações;
– a proximidade na distância que não dissipa a alegria do reencontro.
Porque há janelas na alma, onde Deus deposita a sua graça que ultrapassa os limites de tempo e espaço, como uma melodia que embala os nossos sonhos, acorda a nossa esperança, numa sinfonia de vida para reconhecer que “Nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17,28).
Marisa Rosa. Serviço de Pastoral Escolar. Livramento. Ago/2021.